Iolanda
Gonzaga Alves chegou até a APAM interessada no curso de Cuidadora de Idoso.
Isso foi em 2015 e, desde então, não saiu mais da nossa casinha roxa: sempre
que pode, volta. Depois de fazer vários cursos, (costura, modelagem, bolsas),
ela decidiu compartilhar um pouco do que aprendeu como voluntária do curso de
roupa de pet.
Em 2019,
frequentou o grupo terapêutico coordenado por Paula Arenhart, o que foi
fundamental para lidar com o luto diário pela morte da filha, 14 anos atrás.
“No dia a dia eu não consigo falar muito sobre o assunto, as pessoas julgam
muito. Mas, no grupo, eu posso falar das minhas dores e saudades. O que se fala
no grupo fica no grupo, há regras definidas e você percebe, com o tempo, que
não é a única a sofrer”, conta Iolanda.
Aos 62 anos, Iolanda olha para sua trajetória com orgulho: saiu do Recife jovem,
trabalhou como metalúrgica em São Paulo, foi faxineira e até chegou a fazer
bicos como cuidadora de idoso. Depois de 35 anos, voltou a estudar – tinha
parado no quarto ano do Ensino Fundamental. Hoje aposentada, tem na APAM sua
segunda casa. “Aqui me sinto acolhida”.
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